Dar tempo
Simplesmente, não escreverei. Hesitei até tomar uma decisão. E, agora, ei-la. Preciso, neste momento, daquele tempo que nunca tenho. Não tem a ver com férias. Mas, com uma necessidade que venho a sentir já há algum tempo. A de tê-lo na palma das mãos e passá-lo, de uma para a outra, lentamente e ver o mundo todo sem me tocar. Preciso assim de um tempo sem tempo. Sem mundo. Sem escrita. Imaginarei sem palavras à beira-mar. Imaginarei sonhos mudos. Ouvirei tudo, todos, o ínfimo som, menos a mim mesma. Bem sei, é sempre nesta altura que me dá para isto. É qualquer coisa no som que só ouço aqui. O som imenso do vazio. E o vento nos eucaliptos junto à janela do meu quarto...
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