"She shut her eyes and imagined the desert / No cars, no mobiles, just sun and bread"
(Belle and Sebastian)
Uma decisão difícil. Afastar-me de tudo o que me rodeia, de todos de quem mais gosto, fechar os olhos, pegar no meu carro e ir embora. Sem olhar para trás, sem vacilar. E pensar que "é melhor para mim." Mesmo que saiba que serão poucos os dias em que estarei sozinha naquela enorme casa (os meus pais, os meus sobrinhos, chegarão em menos de uma semana e meia), custar-me-ão como se fossem tantos outros. Mesmo que tenha saudades do cheiro de pinheiros e eucaliptos que entra pelo meu quarto nessa casa e de estar na varanda e olhar a imensidão do mar e sentir o mar a desfazer-se na minha pele, parecer-me-á tudo insignificante. E, no entanto, obrigo-me a isso. Anseio por isso. Imagino o deserto. Sorrio. Estarei a escrever sobre ele.
Terei carro, terei telemóvel, sol e pão. Mas aqui não escreverei durante algum tempo. Algumas coisas ficarão por dizer, antecipo esse concerto de Segunda-feira e os próximos... Estar perdida na casa de Josephine. Descobrir palavras novas. Saborear uma fantástica bola de Berlim. Correr atrás da Maria no jardim. E ralhar com ela para não trepar as escadas (e como as lá de casa são boas para isso!).
Terei carro, terei telemóvel, sol e pão. Mas aqui não escreverei durante algum tempo. Algumas coisas ficarão por dizer, antecipo esse concerto de Segunda-feira e os próximos... Estar perdida na casa de Josephine. Descobrir palavras novas. Saborear uma fantástica bola de Berlim. Correr atrás da Maria no jardim. E ralhar com ela para não trepar as escadas (e como as lá de casa são boas para isso!).
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