sexta-feira, fevereiro 10, 2006

sempre Comigo

Your own personal Jesus
Someone to hear your prayers
Someone who cares
Your own personal Jesus
Someone to hear your prayers
Someone who’s there
Feeling unknown
And you’re all alone
Flesh and bone
By the telephone
Lift up the receiver
I’ll make you a believer
Take second best
Put me to the test
Things on your chest
You need to confess
I will deliver
You know
I’m a forgiver
Reach out and touch faith
Reach out and touch faith


Não vou dizer muito sobre o que muitos têm para dizer. Às vezes as palavras não acrescentam grande coisa. E, no entanto, marcam-nos intensamente. Talvez não tenham sido sequer as palavras que agora relembro e que desencadearam aquilo que se poderá assemelhar à onda Deleuziana (assumo por completo a minha total dependência de hoje em adiante de Deleuze) as mais importantes dessa noite ou desse dia. Incrivelmente, de tão especial que foi o meu dia e a minha noite neste 8 de Fevereiro, não consigo escrever palavra alguma (todas as que aqui estão não passarão de duplas de outras tantas virtuais).
No entanto, sobre o concerto, porque quase que já tenho por hábito fazê-lo, algumas notas simples (não as interpretem com exactidão ou rigor ou mesmo eloquência):
1. Adorei o concerto ou talvez não... sim, adorei. Mas desejei, por vezes, um som mais poderoso, mais arrebatador. Que não deixasse espaço para respirar. O meu elevado e descentrado centro de gravidade também poderá ter contribuído alguma coisa... O som parecia faltar. E o fôlego, consequente ou não, esmorecer. Desaparecer. Por entre alguma nostalgia, também, se calhar...
2. As asas pretas voam até mais alto. Não quero com isto dizer que os momentos mais intensos tenham sido protagonizados por Gore... Mas aquela diferença que muitos apontam em relação à maturidade dos Depeche, se calhar erradamente compreendida pelo título do último álbum, não é assim tão importante. Há uma diferença, mas essa reside em mim mesma (e cada um reconhecerá em si essa diferença).
3. É bom dançar e ver dançar. Às vezes parava por completo. Não abanava nem ombros, nem braços, nem anca, nem pernas... ficava estarrecida, presa ao chão. Mas o meu olhar percorria todos aqueles corpos, tantos metros abaixo do meu ou em redor e, dentro de mim, continuava a dançar. Nunca havia parado. Gahan certamente que mantinha o meu olhar preso um pouco mais e os seus movimentos encontravam nos meus um outro movimento...
Mais palavras para quê? Os momentos mais bonitos merecem ficar por dizer.


P.S. As fotos são do Eduardo.